Há séculos os filósofos gregos já apontavam a importância do autoconhecimento como fator da propulsão do crescimento nas diversas esferas da vida. Fazendo valer o aforismo advindo da Grécia Antiga, traduzido em latim pela frase “Nosce te ipsum” que significa “Conheça-te a ti mesmo”, tem se que a promoção do conhecimento advindo de uma reflexão profunda e interna possibilita uma interação mais coesa e clara com o meio. O conhecimento da identidade peculiar a cada ser, por ele e o reconhecimento do outro, são quesitos básicos para a afirmação do indivíduo perante o mundo. De semelhante modo, considera-se que embora a profissão de Relações Públicas seja devidamente legislada no Brasil, é notável, por parte do senso comum e dos próprios acadêmicos da área, um desconhecimento do que em essência são as Relações Públicas e como o profissional se posiciona no mercado brasileiro, devido à vasta multiplicidade e a efemeridade das tarefas e funções assumidas pelos Relações Públicas no Brasil.
Nota-se um desprendimento de uma especificidade da área, algo que a torne pessoal e inconfundível, ou seja, uma identidade. Assim sendo, assinala-se a necessidade de (re) construir sua identidade e o auto-entendimento. Tendo em vista a relatividade da especificidade das atividades de Relações Públicas no Brasil resultante de sua polissemia conceitual, a seguinte questão vem à tona; A polissemia conceitual das relações públicas contribui para uma fragilização da identidade do profissional no Brasil? e se sim será que ela fomenta a desvalorização de seu papel teórico e funcional nas organizações brasileiras?
Pessoalmente tenho três hipóteses:
ü A preparação acadêmica atual na área de Relações Públicas se fundamenta em um aspecto fortemente unidirecional, ou seja, é baseada em uma visão extremamente holística e pouco focada a salientar a importância especifica das Relações Públicas ocasionando assim a idéia do RP como um profissional de apoio e sem um papel exclusivo.
ü A ausência de um campo científico especifico contribui para o desconhecimento das atividade de RP pelo senso comum.
ü As Relações Públicas não possuem uma “identidade pública”.
ü Existe um prejuízo quanto a uma possível maior valorização da profissão no Brasil, devido ao fato de sua teoria ser ampla e por vezes conflitante.
ü As Relações Públicas - no ambiente organizacional - assumem uma postura de política a ser adotada, sendo assim, constantemente as atividades correspondentes às Relações Públicas são assumidas por profissionais de formações diversas. Perde-se, portanto no Brasil, em certo nível, a especificidade do profissional de RP devido à sua identidade pouco conhecida e sua imagem difusa.
Estou certa de que não tenho todas as respostas, mas não é esse o objetivo dos posts que virão. A intenção desse blog é realçar a identidade das Relações Públicas e contribuir para a promoção da compreensão da área aos seus públicos afins.Nesse espaço farei citações de autores, e dividirei dúvidas e descobertas advindas do meu dia a dia como profissional. Além de expor experiências, de um modo prático!
oi Helma
ResponderExcluirAdorei o espaço, passarei sempre por aqui.
abraços,
Luciane Castro